Pragas: Tatuzinhos

Os tatuzinhos-de-jardim pertencem ao grupo dos crustáceos. Eles são comumente encontrados em jardins residenciais, bem como em hortas familiares e comerciais. São considerados uma praga significativa em culturas semeadas diretamente no solo, pois esse sistema de conservação mantém uma umidade do solo mais elevada, que é uma característica crucial para o desenvolvimento desses crustáceos. Além disso, esse sistema fornece proteção a eles por meio de cobertura vegetal (resíduos de culturas), outra condição vital. Os danos que causam incluem principalmente ferimentos no hipocótilo e graus variados de consumo de cotilédones e sementes. A cultura mais afetada é a soja, seguida pelo milho e pastagens, especialmente a alfafa. As principais espécies que afetam as culturas são Armadillidium vulgare, Porcellio laevis e Balloniscus sewollii.

ANATOMÍA

O corpo deles é dividido em três partes: cefalotórax (cabeça mais o primeiro segmento torácico), tórax (a parte mais desenvolvida) e pleon ou abdômen. Eles têm sete pares de pernas caminhadoras ou pereópodes, que são semelhantes entre si, o que lhes dá o nome de isópodes (iso: igual, podos: pernas). A característica mais marcante é a presença da marsúpia ou bolsa marsupial no lado ventral das fêmeas, onde elas depositam os ovos.

HÁBITOS ALIMENTARES

Sua dieta é onívora. Eles se alimentam principalmente de matéria orgânica em decomposição (folhas, galhos e raízes), além de insetos mortos. No entanto, eles frequentemente se tornam fitófagos, se alimentando de plantas jovens, causando problemas significativos nas fases iniciais das culturas ao consumir caules e cotilédones.

CICLO DE VIDA

Eles vivem por até 3 anos e quatro meses. Os isópodes imaturos fazem a muda da pele 4 a 5 vezes, enquanto os adultos fazem a muda a cada 2 meses. Eles trocam seu exoesqueleto em duas partes, primeiro a metade posterior e, depois de dois ou três dias, a metade anterior. Isso é principalmente para evitar a dessecação. Sob condições climáticas ideais, eles podem ter 2 gerações por ano. Eles têm o pico reprodutivo na primavera e um segundo pico, menos significativo, durante o outono.